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Princípios e Valores

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Os princípios e valores da Rede são acompanhados do compromisso de vivenciá-los, cumpri-los em toda sua extensão e com toda fidelidade para poder ter ação transformadora concreta.

A Riqueza da Diversidade


A REDE se orgulha de ter nascido com grande diversidade interna, como diverso é o Brasil e também o mundo, como diversos são os seres humanos e os seres vivos no planeta que compartilhamos. Diversidade é um desafio e uma grande oportunidade. A proposta é enfrentá-lo e a aproveitá-la desenvolvendo a cultura de cocriação, na qual as diferenças sejam reconhecidas como fonte de riqueza criativa, dando suporte para o surgimento de respostas integrativas, de novas e melhores soluções para as mudanças de que o mundo necessita. Entender e respeitar a diversidade - em palavras e ações - pressupõe reconhecer o significado da diversidade étnica, regional, geracional, de credo e ideologia, de gênero e orientação sexual, de contexto educacional e de formação.

 

Democratizar a Democracia

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O caminho para a aproximação cada vez maior dessa que hoje parece só uma utopia é o esforço para manter a coerência entre as intenções e as ações: a educação para a democracia e para uma sociedade fraterna se inicia em nós mesmos. A REDE reconhece as limitações da democracia representativa, que não representa e não inclui verdadeiramente toda a sociedade na vivência do espaço público. Temos hoje os meios tecnológicos e ideológicos para avançar rumo à radicalização da democracia. A REDE quer gerar oportunidades para que todos os brasileiros e brasileiras sejam parte da construção de um processo político ativo e criativo que permita implementar o real potencial da democracia. Queremos criar uma comunidade de pensamento que dê visibilidade à prática do bem comum como meta viável da sociedade e do Estado, que demonstre que a política pode ser uma prática socialmente virtuosa, que torne possível integrar sonhos individuais e coletivos, sem a pretensão de diluir as diferenças e homogeneizar os sonhos.

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O desafio é aproximar a política do cotidiano, de forma que a participação política seja algo natural e intrínseco à vida dos cidadãos. E que o sentido da política não seja o da luta excludente pelo poder, mas a expressão do compromisso com valores coletivos, de tal modo que seja possível, inclusive, a colaboração entre oponentes, em favor do interesse comum. Queremos ainda que o ideal republicano de liberdade, fraternidade e igualdade possa vigorar num país institucional e culturalmente democrático, com pleno respeito à sua pluralidade. Parte de nossa contribuição para isto está em oferecer um lugar no qual a fraternidade (solidariedade) possa ser colocada em prática, em gestos de cuidado e amorosidade.

 

A democracia real precisa de cidadãos responsáveis, bem informados, bem formados e empoderados, para os quais seja natural e necessário o engajamento político como parte de suas vidas. Mas esses cidadãos também precisam ser nutridos em sua condição humana, e por isso queremos um ambiente que aproxime a política de nossa humanidade, integralmente.

 

O trabalho será feito, portanto, em estreita interação com pessoas e organizações que pensam de forma semelhante, no Brasil e no mundo, desenvolvendo políticas e processos rumo à sustentabilidade local e global.

 

Sustentabilidade por inteiro

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Sustentabilidade é o coração, a visão e a missão da REDE - é o seu próprio nome. Para entender a essencialidade deste termo, para o alcance profundo da visão (utopia) e a amplitude de nossa missão (prática) é preciso tomar a expressão por inteiro, pois a sustentabilidade é integral e sua realização vai além da junção mecânica de diferentes aspectos.

 

A REDE formula 7 níveis de sustentabilidade – ambiental, social, cultural, ética, estética, econômica e política, os quais incluem de forma transversal as sustentabilidades individual e coletiva e um importante componente de resiliência psicoespiritual. Assim, as 7 dimensões da sustentabilidade que a Rede abraça estão permeadas pela capacidade de realização plena do indivíduo e da sociedade, aumentando assim nossa própria capacidade de afastar as formas de corrupção pessoal ou sistêmica.

 

Criando uma Cultura de Paz
 

Estes são tempos de extrema violência. Para cada forma de sustentabilidade que se busca, pode-se identificar inúmeras formas de violência e desagregação, muitas vezes sutis, que se colocam no caminho, barrando a realização da sustentabilidade e da paz por inteiro. Cocriar uma cultura de paz começa por reconhecer a existência de formas de violência que muitos chegam a considerar como “naturais”, “normais” ou “inevitáveis”. Tais situações ocorrem corriqueiramente: pessoas que não recolhem seu lixo, não ajudam a reorganizar o local, fazem observações de cunho machista ou sexista, sobem o tom de voz como se isso reforçasse sua posição, monopolizam o tempo de fala, assumem postura de superioridade condescendente para com os mais jovens, os idosos ou os que têm dificuldades de expressão, sem realmente prestar atenção ao conteúdo de suas colocações; encantam-se com seus próprios argumentos, demonstrando impaciência e desinteresse pelas exposições alheias - somente para citar alguns exemplos. É a violência invisível do cotidiano e a cultura da competitividade desmedida e hegemônica que afasta muita gente dos espaços de mobilização e de ativismo. Esta violência repercute em todas as dimensões de nossa vida.

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A não-violência e o pacifismo devem ser construídos - cocriados - em tantas formas quanto forem as formas de violência que se quer enfrentar. Escolher meios pacíficos de manifestação, no cotidiano e nas ruas, é sempre possível, mesmo que nem sempre fácil. Cada um tem o desejo íntimo e o potencial para a paz, a sustentabilidade e a democracia profunda. Democracia pressupõe liberdade de expressão, de organização e de manifestação. Novos atores políticos estão emergindo graças aos novos instrumentos tecnológicos que facilitam a expressão e acesso à comunicação horizontal e não mediada ou dominada. O rompimento do monopólio da comunicação faz de cada cidadão e cidadã atores e protagonistas de sua narrativa. No entanto, esta inclusão necessita de imperativos éticos pois a democracia só se realiza completamente dentro de uma cultura de paz.

 

Desenvolver nossa humanidade individual e coletiva
 

Para que as pessoas se tornem seres verdadeiramente humanos – e sustentáveis – é preciso se desenvolver individual e coletivamente, de modo integrado. O desenvolvimento humano em seu sentido amplo precisa estar na essência das políticas e da cultura da REDE. Pode-se pensar nesse desenvolvimento como jornada de superação de limitações e problemas que, sem dúvida, existem. No entanto, é importante pensar nessa jornada como oportunidade de construir a partir das capacidades existentes. O chamado para integrar os diversos aspectos que muitas vezes colocam uma situação de muitas tensões: o horizontal e o vertical, o interno e o externo, o idealismo e o pragmatismo, o visível e o invisível, os espaços abertos e os restritos, os centros e as bordas. O desafio está em ir além dos espaços e do repertório de atitudes que já são conhecidos e dominados; está em superar alguns hábitos e encontrar outro lugar propício para “ser a mudança que queremos ver no mundo”. É com a própria prática que esse caminho e uma nova forma de caminhar serão aprendidos.

 

Consenso progressivo nas decisões partidárias
 

As decisões por votações, que consolidam “maioria” e “minoria” em um grupo, estabelecem que a diversidade de opiniões não será considerada, haverá os que sempre ganham e decidem tudo e os que sempre perdem e são excluídos, sem espaço para ver suas proposições sendo contempladas. Na Rede as decisões são compreendidas como processos construídos por escuta, argumentação, mediação e convencimento, sem o uso de linguagem violenta e sem desqualificação mútua. As votações são o último recurso para encaminhar os assuntos polêmicos e as divergências.

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